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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Conceito do JES e as REDES SOCIAIS!


As redes sociais, as salas de bate pato, forum, MSN e outros meios que a Internet p@ssuí, foram criadas com finalidades de criar amizades, ter mais comunicação acessível, debate instruitivo, etc.

Nunca foi criada com propósito a uma manifestação. Até que então, os paises de origem a estas redes sociais a manifestção pacífica é bem aceite, porque contribui para que o governo responde a resolução dos problemas do povo. Agora, conforme as declarações de Pindo de Andrande, o presidente fez uma leitura desacertada da lei,no que se diz a redes sociais.

Mas, as redes sociais ou seja a internent é um dos meio qua ajuda muito nestas questões que é muito bom para um país como o nosso onde o governo implata o "MEDO AO POVO".

Tem muitas coisas que os políticos ditadores temem:
- Agora! Que o povo (os jovem) despertou quanto a realidade da vida;
- Os intelectuais (jovens) vão contribuindo para uma democracia (liberdade de espressão) mais transparente
- Agora! Quando a cerca aperta;
- Agora! Que se apróxima as eleições (e o povo já não vai votar no regime).

Vamos mudar de mentalidade, obrigado Pinto de Andrade pela grande defesa do liber contra um ponta de lança biateiro a ponta do golo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Holocausto em Angola

Por estarmos em período de manifestção pacívica e democrática, vendo também aproximar ao 27 de Maio e vindo à memórias, gostaria que se lembrasem sempre deste dia.

Portanto, sugiro a todos que lessem os seguintes livros:
“Purga em Angola” e “Holocausto em Angola”,

Ambos falam de Angola e da repressão violenta – criminosa ao
ponto do assassinato – que se abateu de forma arbitrária, com
a cumplicidade e o mais alto patrocínio do poderes
constituídos, sobre os cidadãos daquele país, entre 1976 e o
começo dos anos 80.
“Purga em Angola” e “Holocausto em Angola”, com intenções e
vivências diferentes, acabam por nos dar o mesmo retrato, o
retrato de uma barbárie que a Europa experimentou com Hitler
ou Staline e que a China viveu com Mao.
“Purga em Angola” é um livro assinado por uma historiadora,
Dalila Cabrita Mateus, e por um jornalista, Álvaro Mateus. O
seu objectivo é claro: relatar os acontecimentos que tiveram
lugar antes, durante e depois do 27 de Maio de 1977, data do
golpe de Nito Alves que visaria derrubar o ditador Agostinho
Neto da presidência da República Popular de Angola. Como se
compreenderá, mais do que os antecedentes políticos, a purga
– ou seja, o extermínio físico – que se seguiu ao confronto entre
o Poder e os “golpistas” é o palco trágico deste livro.
“Holocausto em Angola” é um livro de memórias. É escrito por
Américo Cardoso Botelho, um português que, de 1977 a 1980,
viveu na carne e testemunhou o banditismo ignóbil que se
instalou nas prisões controladas pelos torcionários da DISA
Não creiam que exagero na adjectivação. Nas prisões que os
dois livros descrevem era norma:
- Arrancar às famílias e brutalizar, sem culpa formada, cidadãos,
fosse pelas suas ideias políticas, fosse para lhes roubar os bens
que possuíam;
- Fazer julgamentos fantoches que envergonham qualquer
ideia de justiça;
- Despir, violentar e violar homens e mulheres;
- Espancar e torturar seres humanos até à loucura;
- Fuzilar cidadãos na calada da noite, sem lhes permitir sequer
um último adeus às famílias;
- Fazer desses fuzilamentos festins de desaustinado deboche
moral
Destes actos repugnantes foram vítimas:
- Angolanos do MPLA que foram acusados de “fraccionismo”;
- Jovens esquerdistas angolanos do MPLA que passaram pelos
CACs e criaram a OCA;
- Militantes e militares angolanos da Unita e da FNLA;
- Sul-africanos do ANC que se recusaram a lutar pelo MPLA
contra os outros movimentos angolanos;
- Portugueses que tinham bens apetecíveis e eram alvos fáceis;
- Estrangeiros que, com ou sem razão aparente, foram
apanhados entre fogos, dos mercenários ingleses a inocentes
cidadãos zairenses, nigerianos, namibianos, são-tomenses,
cabo-verdianos e outros.
Mas, para além das prisões e dos campos de concentração
(ditos de reeducação), estes livros referem:
- Acções militares de genocídio premeditado de populações
angolanas;
- bombardeamentos de aldeias;
- deslocamentos de velhos e crianças de Cabinda para o
famigerado campo de S. Nicolau.
Nestes dois livros, a culpa não morre solteira. Na farsa de
acusação dos “fraccionistas” que conduziria à prisão e tortura,
e no fim da linha ao fuzilamento de muitos deles, participaram,
numa cinicamente intitulada "Comissão das Lágrimas",
intelectuais de esquerda (e podiam ser de direita que iria dar
ao mesmo).
Entre eles, e de acordo com o que se lê na pg. 116 de “Purga em
Angola”:
- Luandino Vieira;
- Pepetela;
- Manuel Rui Monteiro;
- Costa Andrade;
- Diógenes Boavida.
Nas sesões de espacamento e tortura, e de acordo com os
testemunhos de “Holocausto em Angola”, participaram os mais
altos quadros da DISA e mesmo ministros, entre os quais:
- Ludy (Rodrigues João Lopes);
- Onambwé (Henrique Santos);
- Xietu (João Luis Neto).
Angola só poderá fazer o luto, as famílias angolanas só
recuperarão a memória destes mortos de que nunca viram os
cadáveres, com livros como estes que não deixem cair os
crimes na banalidade e silêncio da História. Simão Cacete,
angolano, uma das vítimas e sobrevivente, pede uma Comissão
da Verdade. Porque o caminho da verdade é o único caminho
do perdão e da reconciliação.

Clique !!!
1-Este site é oficial da Associação 27 de Maio
http://27maio.com/

2-Veja a história de Angola mais detalhes
http://pissarro.home.sapo.pt/memorias0.htm#indice

sexta-feira, 15 de abril de 2011

ANGO-DEMOCRACIA

Carta ao Editor do Zwela Angola,
publicado em "Vozes Silenciadas"

Por João Lernardo De Sousa


Caro Editor:

Quando é que em Angola teremos foros públicos para a discussão e implementação das leis que a nossa assembleia aprova “democraticamente” em nome da democracia?

Realmente é tão suis generis o andamento e funcionamento da nossa assembleia que isto dá-nos uma ideia da maneira como se efectiva a nossa "democracia" que também é bastante peculiar e consquentemente bem a angolana, para então ser chamada de ANGO-DEMOCRACIA como acostumo fazer ultimamente. O funcionamento do nosso parlamento, dá-nos ainda a ideia do marco institucional do sistema político angolano, isto é, ao falarmos do marco institucional, estamos a falar da forma em que estão dispostos os actores na arena política nacional, da sua maneira de interação, o que no final representa as regras do jogo que "normativam" a nossa democracia e a plataforma onde ela se sustenta, mas concretamente sobre o marco institucional angolano falaremos noutra ocasião. Agora, pensemos só mesmo na democracia, porque, como e quando esta democracia se converte em ANGO-DEMOCRACIA, que isto seja o nosso único referente para compreendermos e observarmos certas coisas na mesma democracia.

No entanto, estritamente falando nenhum perigo deveria existir quando de uma ANGO-DEMOCRACIA estivessemos realmente a construir todos os actores sócio-políticos representados e não representados dentro da sociedade angolana, em primeiro lugar, porque isso nos daria pauta a pensar ou supor que que estariam representados os interesses das mais diversas índoles destes mesmos actores e então esperar-se-ía uma democracia mais EFECTIVA em termos de resultados pelo seu caris de homogeneidade, claramente tudo isso ante a lei e na base do direito. E aqui estaríamos a pensar em um passo mais no largo caminho da EFICIENCIA para podermos então avaliar em termos de qualidade o nosso parlamento, como orgão máximo que representa as demandas cidadas dentro da democracia; e em segundo lugar, porque uma ANGO-DEMORACIA seria a assunção da nossa condição óntica, de seres sujeitos e donos de uma história própria, de uma democracia que recolhe os aspectos endógenos da história do nosso país, onde numa última estancia ANGO-DEMOCRACIA seria a catalização das aspirações cidadas tudo isso numa fórmula onde teríamos um modelo democrático sustentado e sustentável.

Mas, ao fim e ao cabo a pergunta prevalece e a dúvida se legitima: Quando é que em Angola teremos foros públicos para a discussão e implementação das leis que a nossa assembleia aprova “democraticamente” em nome da democracia?

A situação da pergunta e da dúvida ousa em prevalecer porque hoje a ANGO-DEMOCRACIA não assume nenhum traco das condições que acima citei. A nossa democracia actualmente é uma ANGO-DEMOCRACIA porque se destaca pela negativa: é Afro-Estalinista Petrodiamantífera (Hodges 2001, 2002), é estratificante e estratificadora (sigamos quase toda a obra do sociólogo angolano Paulo de Carvalho), é musculada (lembremos o cientista social Boaventura de Sousa ou os eventos do dia 7 de marco de 2011), é ineficiente (tem indicadores muito baixos de desempenho em todos os índices mundiais e africanos, Indice de Desenvolvimento Humano, Banco Mundial, Freedom House, Mo Ibrahim, etc.), é batoteira (porque sustenta um parlamento que não legisla e nem fiscaliza as acções do executivo e é escravo de si mesmo pelos mais de 80%, quando esse mesmo factor do executivo ter maioria no parlamento deveria converte-la em eficientíssima automaticamente, pois não haveria razões para não implementarem políticas públicas)... A nossa democracia hoje é uma ANGO-DEMOCRACIA porque está viciadíssima de práticas erróneas, tanto é assim que ainda depois de terminar o conflicto civil seguiu as práticas do antigo regime que o actual sistema político ainda sustenta.

Quando teremos em Angola escritórios de enlance dos deputados com os cidadãos? Quando teremos os cidadãos discutindo sobre o orcamento já que daí é onde sairão as políticas públicas necessárias? Quando teremos académicos, intelectuais, especialistas em determinados assuntos participar das discussões do parlamento? Quando teremos representados na grelha política os grupos de pressão ou de interesse? Quando teremos um canal radiofónico e outro televisivo exclusivos só para acompanhar os trabalhos do parlamento? É a apartir de ver estas tendencias do nosso parlamento que entendemos sua funcionalidade e vemos porque temos uma ANGO-DEMOCRACIA como a que temos. Uma democracia sem cidadania, por isso mesmo REFORMAS PRECISAM-SE.

Chegados a esse ponto, é onde nós a juventude actual entende claramente que Angola não é o Egipto, não é a Tunísia, não é a Líbia ou país parecido, é aqui onde legitimamos as nossas reivindicações e com discernimento profundo de também ser conhecedores da nossa própria história, é aqui onde queremos reformas urgentes no actual sistema político angolano e na nossa ANGO-DEMOCRACIA.

Enquanto isso, VIVA A LIBERDADE, VIVA A DEMOCRACIA, VIVA O BEM-ESTAR E QUE VENHAM TODAS AS MARCHAS, REUNIÕES, COMÍCIOS, MANIFESTAÇÕES PARA EXIGIR E EFECTIVAR DITAS REFORMAS PLENAMENTE!!!

João Lernardo De Sousa
31 de Março de 2011



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