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terça-feira, 27 de março de 2012

MARÇO MULHER
















Mulher

Quando o mundo vê-se abandonando clama-se as mulheres por júbilo,
porque os seu choros são abençoados

Mulher! Mãe seria vulgar, filha seria prematuro
Tu és a nossa existência, perdoa-nos e peço clemência

Mulher zungueira num mar de sangue, entristecido pela perda e poucos ganhos mas, 

que conseguiste nos criar a todo custo
Não acredito que tu perdeste, por que só tu sabes a dor de um parto

Lembro-me dos seu prantos choramingados, que nem gotas de orvalhos nas pontas das folhas amargas e venenosa de uma planta silvestre que nem formigas saboreiam, tu continuaste com os seu passos numa longa caminhada na luta para sobrevivência.

Ao longo que foi seguindo a suas pegadas foi aprendendo e vendo o quanto sofreste, e nem sei se conseguirei seguir-te até ao final

Mulher nunca desistes, estamos aqui do seu lado e não para pagar mas recompensar-lhe
Ninguém paga os seus feitos, mas também não serás esquecida

Vindo das partes mais distantes, do Cunene, Lubango até Luanda, de pés descalços, corpo adornado de vestimenta típica, com os seus óleos de mupequete que untam corpo numa terapia estética típica africana, na qual é queridas pelas ilusionistas mulheres de Luanda que compra-lhes para fins de beleza estética. E assim vão fazendo o seu negócios, mulher "Mumuila".

Mulher mumuila, beleza mítica e rara do sul de Angola
Nginga M'bandi és a rainha e guerreira que rendo-lhe veneração, 

do norte ao sul e de Cabinda ao Cunene

Não és só mulher pelas tranças típicas do bailundo, pelos recantos sorridentes da aberturas dental da mulher de Benguela, nem da suas curvas corpulento juvenil da mulher "mucubal".

Mais do que ser, tu tornar-se-a, tu serás chamados de mulher verdadeira apesar da ciência deturpar o vosso papel

Mais do que ter vida, tu és sobrevivente desta inúmera declinação cirúrgica do esplendor do sofrimento africano doentio

Mais do que nascer tu cuidaste-me, mesmo sem pão ou água. Com o suor dos seu rosto caindo na terra lavrada de dia a noite que, colhia-se no tempo oportuno a ginguba e a mandioca que servia de alimento sólido e líquido para a família inteira. Quando doentia, do leite fresco e azedo da vaca magra na manhã do dia não faltava

Mulher merece, mesmo nas mais sedentas caminhadas do deserto a única cota de água de um cantilo foragido de soldado morto sem forças de ingerir a última cota. Assim, é oferecida à esta mulher para dar continuidade desta grande geração

Mulher mais do que mãe é senhora e dona casa, educadora é um simples título, ela tem mais do que atributos, ela é mestre de obras quanto aos primeiro cuidados que se deve dar aos primeiros anos de vida de um bebé recém nascido

Mas nós não te esqueceremos, viverás sempre nas nossas mentes, não por ser nossas esposas, companheiras ou mesmos irmãs.

Simbolizados como a mãe África, tu existe desde o Polo Sul á Norte e até a partes mais obscura do mundo

Mulher, tu mereces!