Por ou enviado: João Nobre
Bloqueados 100 milhões de USA dólares ao Presidente Angolano
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A bomba esta ai. O que fazer?
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Reflita e repasse
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Momento de reflexão,..o poder do
dinheiro também cai,.. "Suíça ameaça cleptocracia mundial" Bloqueados
100 milhões de dólares do Presidente Angolano
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"Há dez anos que os tribunais suíços
iniciaram um longo processo para bloquear os fundos depositados nos seus
bancos por ditadores e políticos corruptos de todo o mundo, cujas
fortunas, por vezes colossais, foram obtidas através da espoliação de
bens públicos pertencentes aos povos que governam, usando para tal os
mais diversos expedientes de branqueamento de capitais.
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O processo começou em 1986
com a
devolução às Filipinas de 683 milhões de dólares roubados por Ferdinando
Marcos, bem como a retenção dos restantes 356 milhões que constavam das
suas contas bancárias naquele país.
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Prosseguiu depois com o bloqueamento das contas de Mobutu e Benazir Bhutto. Mais tarde, em 1995,
viria a devolução de 1236 milhõesde euros aos herdeiros das vítimas judias do nazismo.
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Com a melhoria dos instrumentos legais de luta contra o branqueamento
de capitais, conseguida em 2003 (também em nome da luta contra o
terrorismo), os processos têm vindo a acelerar-se, com resultados
evidentes: 700 milhões de dólares roubados pelo ex-ditador Sani Abacha
são entregues à Nigéria em 2005; dos 107 milhões de dólares depositados
em contas suíças pelo chefe da polícia secreta de Fujimori, Vladimiro
Montesinos, 77 milhões já regressaram ao Peru e 30 milhões estão
bloqueados; os 7,7 milhões de dólares que Mobutu depositara em bancos
suíços estão a caminho do Zaire; mais recentemente, foram bloqueadas as
contas do presidente angolano José Eduardo dos Santos, no montante de
100 milhões de dólares.
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É caso para dizer que os cleptocratas
deste mundo vão começar a ter que pensar duas vezes antes de espoliarem
os respectivos povos.
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É certo que há mais paraísos fiscais
no planeta, mas também é provável que o exemplo suíço contagie pelo
menos a totalidade dos off-shores sediados em território da União
Europeia, diminuindo assim drasticamente o espaço de manobra destas
pandilhas de malfeitores governamentais.
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No caso que suscitou este texto, o
bloqueamento de 100 milhões de dólares depositados em contas de José
Eduardo dos Santos, presidente de Angola há 27 anos, pergunta-se: que
fez ele para se tornar o 10º homem mais rico do planeta (segundo a
revista Forbes)? Trabalhou em quê para reunir uma fortuna calculada em
19,6 mil milhões de dólares?
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Usou-se o poder para espoliar as
riquezas do povo que governa, deixando-o a viver com menos de dois
dólares diários, que devem fazer os países democráticos perante tamanho
crime de lesa humanidade? Olhar para o outro lado, em nome do apetite
energético?
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Que autoridade terá, se o fizerem, para condenar as demais ditaduras e
estados falhados?
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Olhar para o outro lado, neste caso,
não significa colaborar objectivamente com a sobre-exploração indigna do
povo angolano e a manutenção de um status quo anti-democrático e
corrupto que apenas serve para submeter a esmagadora maioria dos
angolanos a uma espécie de domínio tribal não declarado?
Na Wikipedia lê-se: "Os habitantes de
Angola são, em sua maioria, negros (90%), que vivem ao lado de 10% de
brancos e mestiços. A maior parte da população negra é de origem banta,
destacando-se os quimbundos, os bakongos e os chokwe-lundas, porém o
grupo mais importante é o dos ovimbundos. No Sudoeste existem diversas
tribos de box imanes e hotentotes.
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A densidade demográfica é baixa (8 habitantes por Km quadrado) e o índice de urbanização não vai além de 12%.
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Os principais centros urbanos, além da
capital, são Huambo (antiga Nova Lisboa), Lobito, Benguela, e Lubango
(antiga Sá da Bandeira).
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Angola possui a maior taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) e de mortalidade infantil do mundo.
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Apesar da riqueza do país, a sua população vive em condições de extrema pobreza, com menos de 2 dólares americanos por dia.
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" O recente entusiasmo que acometeu as
autoridades governamentais e os poderes fácticos portugueses
relativamente ao "milagre angolano" (crescimento na ordem dos 21% ao
ano) merece assim maior reflexão e, sobretudo, alguma ética de
pensamento.
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Os fundos comunitários europeus aproximam-se do fim.
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Os portugueses, entretanto, não foram
capazes de preparar o país para o futuro difícil que se aproxima. São
muito pouco competitivos no contexto europeu.
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As suas elites políticas, empresariais
e científicas são demasiadamente fracas e dependentes do estado
clientelar que as alimenta e cuja irracionalidade por sua vez perpetuam
irresponsavelmente, para delas se poder esperar qualquer reviravolta
estratégica.
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Quem sabe fazer alguma coisa e não
pertence ao bloco endogâmico do poder vai saindo do país para o resto de
uma Europa que se alarga, suprindo necessidades crescentes de
profissionais nos países mais desenvolvidos (que por sua vez começam a
limitar drasticamente as imigrações ideologicamente problemáticas):
Espanha, Alemanha, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Holanda, Dinamarca,
Noruega....
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No país chamado Portugal vão assim ficando os velhos, os incompetentes
e preguiçosos, os indecisos, os mais fracos, os ricos, os funcionários e
uma massa amorfa de infelizes agarrados ao futebol e às telenovelas,
que mal imaginam a má sorte que os espera à medida que o petróleo for
subindo dos 60 para 100 dólares por barril, e destes para os 150, 200 e
por aí a fora...
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A recente subida em flecha do petróleo
e do gás natural (mas também do ouro, dos diamantes e do ferro) trouxe
muitíssimo dinheiro à antiga colónia portuguesa.
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Seria interessante saber que efeitos esta subida teve na conta bancária do Sr. José Eduardo dos Santos.
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E que efeitos teve, por outro lado,
nas estratégias de desenvolvimento do país. O aumento da actividade de
construção já se sente no deprimido sector de obras e engenharia
português.
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As empresas, os engenheiros e os
arquitectos voam como aves sedentas de Lisboa para Luanda. É natural que
o Governo português, desesperado com a dívida... e com a sombra cada
vez mais pesada dos espanhóis pairando sobre os seus sectores económicos
estratégicos, se agarre a qualquer aparente tábua de salvação.
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E os princípios?
E a legalidade?
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Se a saída do ditador angolano estiver
para breve, ainda se poderá dizer que a estratégia portuguesa é, no
fundo, uma estratégia para além de José Eduardo dos Santos. Mas se não
for assim, e pelo contrário viermos a descobrir uma teia de relações
perigosas ligando a fortuna ilegítima de José Eduardo dos Santos a
interesses e instituições sediados em Lisboa (1), onde fica a coerência
de Portugal?
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Micheline Calmy-Rey, Ministra suíça
dos Negócios Estrangeiros, veio lembrar a todos os europeus que tanto é
ladrão o que rouba como o que fica à espreita ou cobra comissões das
operações criminosas."
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Por favor »»»»» Isto tem que ser passado a milhares de pessoas.
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Como pode um povo estar a passar fome para meia dúzia de porcos
viverem com fortunas escandalosas ???