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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A mentira da Verdade do discurso sobre o estado da nação


Os resultados preliminares do primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação, realizado em Maio último, indicam que o país tem 24 milhões e 300 mil habitantes, sendo 52% de sexo feminino, segundo o anúncio desta quarta-feira 15 de Outubro de 2014, do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

No entanto, somos 24.300.000 habitantes, temos um país com uma extensão total de 1.246.700 km², temos 18 províncias e todas com riquezas diversificadas, desde a Cultura, Agro-pecuária por meio da sua Fauna e a Flora. Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, Petróleo e Minério de Ferro; possui também Jazidas de Cobre, Manganês, Fosfatos, Sal, Mica, Chumbo, Estanho, Urânio, Ouro, Prata e Platina.

Então, deve haver uma distribuição equalitária das riquezas nacionais, as mesma têm que ser feito em função da posse dos recursos que nós temos, das necessidades sociais do povo e não em função dos interesses económicos de uma pequena Elite que, acha que continuará a mandar e comandar Angola por tempo indefinido. Por meio de riquezas e poderes atribuídos pelo sistema.

A mentira da Verdade do discurso sobre o estado da nação, por ocasião da III sessão Legislativa da III Legislatura da Assembleia Nacional, aberta oficialmente pelo PR (15-10-2014)

1 - No discurso PR:
Os partidos políticos, a sociedade civil e as igrejas promovem campanhas de consciencialização e educação para a paz e a democracia, baseadas nos valores da liberdade, do respeito mútuo e da opinião alheia, tolerância, harmonia social, fraternidade e solidariedade. O Poder Judicial está a realizar uma grande reforma da Justiça e do Direito e a reforma dos Tribunais. Esses esforços visam também a melhoria da convivência política, no respeito pela diversidade e preservação das liberdades, garantias e direitos dos cidadãos
> Na realidade vivida: Mas, em resposta isto não são colacadas em prática. O Sistema continua a oprimir o povo com medo "morte", tritura mental e física, para que não se venham ninguém manifestar-se e gritar de júbilo, por Liberdade de Expressão. Há também, uma estrutura da organização do poder político que concentra o poder numa só pessoa, consagrando o autoritarismo na própria lei. O povo simplesmente cai no silêncio, mesmo com tanto sofrimento, já alguém prefaciou: "quem fala verdade vai para o caixão", disse MCK.

2 - No discurso PR: A sociedade civil e os diferentes actores não estatais multiplicam as suas iniciativas. O Fórum da Juventude, o Fórum da Mulher Rural e mesmo o Festival Nacional da Cultura (FENACULT) são exemplos de criação de novos espaços de auscultação e diálogo ou de afirmação da nossa identidade cultural, que vão ter continuidade nos próximos anos.
> Na realidade vivida: Este fóruns e movimentos culturais, quase que passa despercebidos, mesmo com tanto investimento de milhões. E se ainda há dúvidas, pergunta há um jovem dos nossos musseque da dentro da cidade de Luanda, o que é FENACULT? — Havia pessoas que pensavam que era festas alusivas ao aniversário do PR, ou festas do MPLA. E quem foi à abertura da mesma, viu-se o campo 11 de Novembro vazios, nem o primeiro anel do estádio estava 35% preenchido, que é muito mal para um movimento cultural nacional de tal vergadura.

3 - No discurso PR: Os primeiros resultados preliminares dizem-nos que o país tem 24 milhões e 300 mil habitantes, sendo 52 por cento do sexo feminino. Portanto, as mulheres constituem claramente a maioria da população de Angola. Com este estudo vai ser possível organizar, desenvolver e fazer ou realizar  aquilo, isso e isto... Dai em diante foram só promessas, e citando feitos realizados pelo mesmo governo que não sinto desde Cabinda ao Cunene, disse nas sua palavras, durante ao discurso:
  • De acordo com estudos independentes, cerca de metade da população de Angola saiu do limiar da pobreza absoluta. Várias instituições internacionais enfatizam os progressos alcançados pelo nosso país, revelando que a percentagem de angolanos com menos de dois dólares/dia passou de 92% (por cento) em 2000 para 54% (por cento) em 2014.
  • Com efeito, depois de 2002 o nosso país, no conjunto de 187 países analisados, é a terceira taxa mais elevada de crescimento anual do Índice de Desenvolvimento Humano com 2% (por cento), apenas sendo ultrapassado pelo Ruanda e a Etiópia.
  • Os alicerces estão a ser erguidos nesse sentido, já que em 2000 a esperança de vida à nascença de um angolano era somente de 45,2 anos e, em 2013, passou a ser de 51,9 anos. Ou seja, em apenas 13 anos acrescentámos quase sete anos à esperança de vida.

Tudo isso e muito mais, desenvolvimentos que não se fazem sentir ao povo de camada baixa...

Mas, o que me deixou ainda mais sem graça neste discurso, é ver ser adiado mais uma vez, as eleições autárquica, mesmo depois de tantas citações feita por ele mesmo (JES-PR), bem acima durante o seu discurso. Sobre as condições do país e dos crescimento do desenvolvimento sócio-económico que país apresentou. Prefaciando com com um discurso para o "boi dormir":
  1. São várias as questões que estes órgãos têm de tratar até que sejam reunidas as condições necessárias para a criação das autarquias. Uma equipa de trabalho constituída por juristas experientes identificou, pelo menos, as seguintes:
  • Adequação de recursos económicos, financeiros, técnicos, materiais e humanos;
  • Divisão territorial, tendo em conta as especificidades culturais, sociais, económicas e demográficas de cada área que abrange o município;
  • Compatibilização entre a Administração Local do Estado e a Administração Autárquica;
  • Configuração dos órgãos representativos locais, os seus poderes, atribuições e competências;
  • O sistema de eleição dos representantes locais;
  • Definição do modelo de financiamento das autarquias;
  • Convivência no mesmo espaço territorial de serviços de Administração Local do Estado e serviços da Administração Autárquica.
Mas, temos país africanos como São Tomé e Príncipe, Moçambique que, com menos condições desenvolvimento sócio-económico que, conseguiram realizar as eleições autárquica em menos de 5 anos.

Já não sei o que dizer... é só orar, é melhor eu me calar para não ser inconveniente!