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quinta-feira, 7 de março de 2013

Mulher, mulher, mulher e sempre "MULHER"


Mulher, mulher, mulher e sempre "MULHER"

Quando o mundo vê-se abandonado clama-se as mulheres por júbilo, por que os seu choros são abençoados.

Mulher! Mãe seria vulgar, filha seria prematuro. Tu és a nossa existência, perdoa-nos e peço clemência.

Kilumba, mulher zungueira num mar de sangue, entristecido pela perda e poucos ganhos mas, que conseguiste nos criar a todo custo. Não acredito que tu perdeste, por que só tu sabes a dor de um parto.

Lembro-me dos seu prantos choramingando, que nem gotas de orvalhos nas pontas das folhas amargas e venenosa de uma planta silvestre que nem formigas saboreiam, tu continuaste com os seu passos numa longa caminhada na luta pela sobrevivência.

Ao longo do tempo que foi seguindo a suas pegadas, também foi aprendendo e vendo o quanto sofreste, e nem sei se conseguirei seguir-te até ao final.

Mulher nunca desistes, estamos aqui do seu lado e não para pagar mas recompensar-lhe. Ninguém paga os seus feitos, mas também não serás esquecida.

Vindo das partes mais distantes, do Cunene, Lubango até Luanda de pés descalços, corpo adornado de vestimenta típica, com os seus óleos de mupequete que untam corpo numa terapia estética típica africana, na qual é queridas pelas ilusionistas mulheres de Luanda que compra-lhes para fins de beleza estética. E assim vão fazendo o seu negócios, mulher "Mumuila".

Mulher mumuila, beleza mítica e rara do sul de Angola. Nginga M'bandi és a rainha e guerreira que rendo-lhe veneração, do norte ao sul e de Cabinda ao Cunene todos te reveneram.

Não és só mulher pelas tranças típicas do bailundo ou da sua carapinha dura. E nem pelos recantos sorridentes da aberturas dental da mulher de Benguela, nem da suas curvas corpulento juvenil da mulher "mucubal". Mas, que és mulher és!

Mais do que ser, tu tornar-se-a tu e serás chamados de mulher verdadeira apesar da ciência deturpar o vosso papel. Mais do que ter vida, tu és sobrevivente desta inúmera declinação cirúrgica do esplendor do sofrimento africano doentio. Mais do que nascer tu cuidaste-me, mesmo sem pão ou água. Com o suor dos seu rosto caindo na terra lavrada de dia a noite que, colhia-se no tempo oportuno a ginguba e a mandioca que servia de alimento sólido e líquido para a família inteira. Quando doentia, do leite fresco e azedo da vaca magra na manhã do dia não faltava.

Mulher merece, mesmo nas mais sedentas caminhadas do deserto a única cota de água de um cantil foragido de soldado morto sem forças de ingerir a última cota. Assim, é oferecida esta mulher para dar continuidade desta grande geração.

Mulher mais do que mãe, Senhora e Dona de Casa, Educadora é um simples título, ela tem mais atributos. Ela é mestre de obras quanto aos primeiro cuidados que se deve dar os primeiros anos de vida de um bebé recém nascido.

Mulher, nós não te esqueceremos, viverás sempre nas nossas mentes, não por ser nossas esposas, companheiras ou mesmos irmãs.

Simbolizados como África, tu existe desde o Polo Sul á Norte e até a partes mais obscura do mundo.

Mulher, tu mereces!
Viva Março Mulher! Vivaaaaaaaaa!!!